E o ano começa, começa outra vez...
Sob o ponto de vista do setor econômico e produtivo 2010 começa hoje efetivamente. Muitas empresas que fecharam as vésperas do Natal, voltam a operar a partir desta segunda(04). Espera-se um ano melhor, com retomada da atividade produtiva, do crescimento e dos mercados externos perdidos pelos exportadores. Afirmam os analistas que o mundo desenvolvido será mais fraco do que as economias emergentes, com índice de crescimento menores, ou seja, os mercados emergentes deverão superar - em muito - as economias desenvolvidas.
Há um ano, o cenário era um tanto quanto nebuloso. Existia uma, certa, expectativa de que a economia brasileira alcançaria um razoável crescimento em 2009, mas a incerteza quanto à profundidade da crise, em nível mundial, era grande. Um ano depois quase tudo mudou.
Temos particularmente no Brasil uma preocupação. Que o cenário político não atrapalhe tudo isso. Começamos ano com pelo menos três pré-candidatos à presidência anunciados. Mas a polarização entre Dilma Rousseff e José Serra prevalece .
Em âmbito municipal, terminou para muitos o primeiro ano do governo. Foi apenas um ano administrável, digamos assim. Os prefeitos se limitaram a pequenas obras possíveis sem licitação, mudaram alguns processos, repartições e pessoas. Gastaram mais do que deviam, ou mais do que prometeram e nada de substancial foi feito se considerarmos os discursos das campanhas políticas.
Espera-se, portanto, que em 2010 as coisas finalmente comecem a sair do papel e do discurso. Há de se considerar que dificuldade enfrentada pela falta de recursos foi imensa e não prevista, mas também é necessário alertar que pouco foi feito para conter despesas e gastos.
Agora, é preciso ficar atento para que o excesso de otimismo não prejudique. O brasileiro tem dinheiro no bolso, conseguiu terminar o ano realizando alguns desejos e depois das festas do réveillon vai para o trabalho com a certeza de que pode fazer mais.
Estimulado pelo aumento real do salário mínimo e pelo aumento da renda total acima do crescimento do PIB, as vendas em dezembro foram muito boas. O Natal, talvez, tenha sido o melhor de toda a história recente do Brasil. Daqui a pouco, o presidente mais popular da história vai deixar o poder em meio a uma comoção nacional. Nunca os pobres se sentiram tão representados. Nunca os ricos foram tão atendidos.
Enfim, vamos trabalhar pessoal porque o sucesso, a fortuna, a saúde e alegria só depende de nós e de ninguém mais.
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O balanço econômico de 2009
Bons economistas e administradores públicos estão anunciando que a crise não acabou e que o perigo não passou. No início, o presidente Lula disse que estávamos apenas sujeitos a uma "marolinha". Depois, acordou e tomou providências, reduzindo os juros e os impostos sobre produtos duráveis. Embora existam boas perspectivas para a economia brasileira, não podemos esquecer que 2010 é um ano / eleitoral e normalmente sujeito às medidas de caráter político, nem sempre recomendáveis em termos econômicos. O maior perigo brasileiro está exatamente na força do câmbio e na valorização de sua moeda, o que poderá levar a um déficit espetacular em contas correntes, prá lá de 30 bilhões de dólares
Produto Interno Bruto
PIB Brasil 2007: 6,1%
PIB Brasil 2008: 5,2%
PIB Brasil 2009: 0%
PIB Brasil 2010: 5% a 6% ( previsão)
PIB RS 2009: -0,8%
PIB Mundo 2007: 5,2%
PIB Mundo 2008: 3,0%
PIB Mundo 2009: -1,1%
PIB Mundo 2010: 3,1% ( previsão)
Inflação
2007: 4,5%
2008: 5,9%
2009 : 4,4%
2010: 4,5% ( previsão)
Selic
2007: 11,25%
2008: 13,75%
2009: 8,75%
2010: 10,75% ( previsão)
Taxa de desemprego
2007: 9,3%
2008: 7,9%
2009: 8,1%
2010: 7,7% ( previsão)
Juros ( Pessoa Física)
2007: 43,9%
2008: 57,9%
2009: 43%
Dólar
2007: R$ 1,78
2008: R$ 2,34
2009: R$ 1,75
2010: R$ 1,73 (previsão)
Bovespa:
2007: 63.886
2008: 37.550
2009: 68.203
Previsão 2008 Fechou em :
PIB : 2,44% 0% 0%
Dólar: R$ 2,25 R$ 1,75
Selic: 12% 8,75%
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O ranking dos investimentos em 2009
No ano, a Bolsa de SP subiu 82,6%, a maior alta desde os 97,3% de 2003, primeiro ano do governo Lula e que recuperou as perdas com a turbulência eleitoral de 2002.
Bovespa: + 82,66%
CDI: + 9,8%
CDB: +9,7%
Poupança: +6,9%
Dólar: -25,4%
Ouro:- 4,61%
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