Desindustrialização
O sonho que o Brasil está sonhando quase unanimemente de se tornar uma potência industrializada, um país mais justo e sem miséria, é factível. Essa quase totalidade dos brasileiros tem razões para sonhar. Todavia, há uma barreira que separa este povo de seu sonho. É invisível para quase todos, mas está lá. E uma hora aparecerá.
Por suas dimensões continentais, pelas massas humanas que abriga em seu território imenso e rico em recursos naturais como poucos, o Brasil precisa atingir um patamar de desenvolvimento que, apesar de a maioria não saber, vai ficando cada vez mais distante. Um país como este não pode almejar se tornar o que almeja se não se industrializar.
Pode até se tornar um país de qualidade de vida média aceitável, mas, se não se industrializar, continuará sendo uma nação secundária. Com peso econômico, sim, porém sem condições de, pelo seu gigantismo, ocupar a posição que merece no cenário mundial.
A circunstância da economia brasileira é única na história. Não lhe falta dinheiro, recursos naturais, posição estratégica, mas lhe falta uma estratégia de desenvolvimento. E é por falta dela que a indústria brasileira está morrendo. O Brasil está se desindustrializando.
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, convidado pela presidente Dilma Rousseff para ajudar a melhorar a gestão do Executivo, mostrou ontem preocupação com os rumos da política econômica do governo. Em uma crítica à política cambial, ele afirmou que a desindustrialização “já está acontecendo” no Brasil. Além disso, defendeu o fim dos impostos cumulativos e disse que a busca de capital estrangeiro -com juros altos- “precisa ter limites”. “As políticas financeiras e econômicas vão ter que obedecer uma discussão de vontade política [de] que país nós queremos”, disse ele.
“Porque se é só pela visão financeira, do fluxo de capitais, nós poderíamos deixar como está, porque a situação é cômoda a curto prazo. Mas, em uma visão estratégica de longo prazo, eu diria que é preciso ter políticas de desenvolvimento industrial, ter emprego de qualidade, não depender apenas de commodities e do minério”, afirmou. Gerdau, que desde maio trabalha no Planalto na presidência da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, deve apresentar nas próximas semanas um diagnóstico que será o ponto de partida para melhorar a gestão e a produtividade do governo.
Como vem da área industrial -é presidente do Conselho de Administração da Gerdau, uma das principais multinacionais de siderurgia-, alertou sobre o risco da desindustrialização. “Se nós queremos um país desenvolvido, nós temos que ter uma indústria desenvolvida. Do modo que vai, nós estamos prejudicando o desenvolvimento industrial”, disse o empresário ao final da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
Tem razão Gerdau.
Soluções de controle de taxa de câmbio ou fomentar financiamentos via BNDES para solucionar a "desindustrialização" é querer desviar o foco do problema e não assumir a incompetência governamental. O chamado "Custo Brasil" mantido e cultivado por políticos e governantes é a real causa da crescente extinção das indústrias no país.
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CINEX na Casa Brasil
O projeto criado pelo núcleo de pesquisa e desenvolvimento da CINEX acaba de conquistar o Prêmio Salão Design 2011, na categoria Móveis Residenciais, modalidade Indústria, concedido pela Casa Brasil. Com a Porta Murano, a empresa demonstrou seu pioneirismo em tecnologia no mercado moveleiro internacional, sendo premiada por um projeto totalmente diferenciado, produzido na Itália, mas com design desenvolvido inteiramente pela equipe interna da Cinex Lab (Pesquisa & Desenvolvimento). Seguindo as tendências do design tecnológico, com traços curvos que acompanham o desenho de smartphones e aparelhos de áudio digital de última geração, a porta conduz a ambientes mais sofisticados.
A avaliação contou com importantes nomes como o designer argentino Eduardo Naso, além do arquiteto e urbanista Leonardo Lattavo, a designer de superfícies Renata Rubim, a crítica de design e diretora da revista Arc Design, Maria Helena Strada e Daniel Camera, diretor da Projeto 3 Design de Móveis.
A premiação tem caráter internacional e apresenta concepções ganhadoras de diversos países como Itália, Cuba, Buenos Aires, Uruguai entre outros. O projeto ficará exposto na Casa Brasil 2011, que acontece de 2 a 6 de agosto, no Parque de Eventos, em Bento Gonçalves.
Com sede em Bento Gonçalves (RS), a Cinex é líder absoluta do mercado de portas e divisórias de ambientes de alumínio e vidro de alto padrão nas Américas e conta com representantes em todo o país. [ www.cinex.com.br].
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