O editor concluiu a leitura do livro “Privataria Tucana” do jornalista Amaury Júnior. Logo no inicio da leitura uma frase que serve muito bem para resumir o conteúdo do livro: “Não parece haver santos na história …”. E é isso mesmo. Aquilo que hoje toma conta do noticiário envolvendo o governo do PT e seus coligados, há pouco envolvia o PSDB e tudo mais. Embora pelo país não faltem autoridades, políticos e outros jornalistas que tentem desqualificar o livro e seu autor, atribuindo a uma estratégia de marketing político o fato do livro ter “estourado” logo no início e de que foi uma tentativa do PT em mudar o foco da corrupção na qual seu governo esteve envolvido ,reportando inclusive que o “autor” enfrenta na justiça processos de participação da elaboração de falsos dossiês contra candidatos do PSDB , o livro está aí com documentos contundentes e incontestáveis, que levam a uma série de dúvidas que devem ser esclarecidas.
Se provarem que houve crime, que se puna os culpados, e se forem falsas as acusações que se puna o escritor e editora. Aliás, impressiona mesmo a fartura de documentos que o jornalista reúne e que demonstram movimentações financeiras em paraísos fiscais no mínimo estranhas de personagens devidamente identificados . Uma documentação cujo conteúdo não pode mesmo ser desprezado por nenhuma pessoa honesta .
Apenas um exemplo: O caso da Vale, vendida por US$ 3.3 bi, que já no primeiro ano teve um lucro de US$ 12,5 bi, e hoje vale cerca de US$ 137 bi. Os compradores receberam cerca de US$10 bi do BNDES, para pagamento da compra e para investimento, ou seja, qualquer um poderia comprar a Vale, bastaria dar um cheque pré-datado para 60 dias. Bom negócio, para quem? A dívida externa não foi paga, aliás aumentou com os US$ 30 bi tomados no FMI, e injetou dinheiro em bancos quebrados.
O Partido do Trabalhadores, que está no poder há nove anos, nomeia juízes, controla o Congresso Nacional e transformou todo o setor público em aparelho partidário. O movimento anticorrupção é recente. Portanto esta é uma luta desigual, um enfrentamento à máquina do estado e a forças políticas e econômicas extremamente poderosas. Que a sociedade saiba discernir entre o bem e o mal imediatamente já nas próximas eleições.
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