Reforma Ministerial
Finalmente surge noticias concretas sobre a reforma ministerial que a presidente Dilma prepara para os próximos dias. A imprensa divulga neste final de semana que até 9 pastas podem mudar de comando. Juntas, elas têm R$ 47,3 bilhões para gastar neste ano, valor que acirra a disputa pelos cargos. Lembrando que o orçamento total é de R$ 77,8 bilhões. Ou seja esta em jogo 61% dos investimentos federais. Bem que Dilma poderia extinguir alguns ministérios cujas atribuições poderiam ser absorvidas por outros similares. Ministério da pesca por exemplo. Nada que o Ministério da agricultura não pudesse resolver.
Embora cinco das sete crises que levaram a demissões de ministros no ano passado estivessem ligadas a denúncias de aparelhamento político-partidário dos ministérios, a reforma na Esplanada não deve mudar a lógica da partilha de cargos. Aparelhamento político tende a continuar. Ao decidir por acomodar políticos nas pastas, o governo do PT continua a administrar por interesses em detrimento da eficiência técnica. Vai continuar tudo igual, o método é o mesmo, mudam-se os atores mas a história será a mesma.
Por enquanto, a única alteração 100% certa é a saída de Fernando Haddad da Educação para concorrer à prefeitura de São Paulo. O que não deixa de ser uma boa noticia. O ministro há muito vinha encobrindo trapalhadas sobretudo no ENEM.
Depois de um ano em que pouco ou quase nada andou no governo e em vários ministérios, esta na hora do discurso sair do palanque e ir para a prática.
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