Perigo: Vinícolas pedem alta do Imposto de Importação de 27% para 55%
O pedido feito pelo setor vinícola gaúcho ao governo federal, por ocasião da visita da presidente Dilma à Festa da Uva em Caxias do Sul na semana passada, de aumento do imposto de importação dos atuais 27% para 55% pode não dar em nada . A medida não vai contribuir para a diminuição do consumo e vai ainda aumentar o contrabando.

Não é com aumento de preços que se vai limitar o consumo.  Para este perfil de consumidor não é o preço o determinante na venda. Existe outros desejos e valores preponderantes na decisão de compra neste caso.

O consumidor ainda procura muito vinho importado é verdade, mas também vem despertando muito interesse pelo produto nacional. Dados divulgados pelo Ibravin esta semana confirmaram que as vendas de vinhos brasileiros no mercado interno cresceu 7% no ano passado. Esse sim é o dado que deveria servir para que o setor continuasse suas ações de promoção do vinho nacional.

É bom lembrar que se aprovada, a medida não será aplicada sobre os produtos chilenos, argentinos e uruguaios. Estes, além de serem os maiores exportadores de vinho para o Brasil tem privilégios previstos em lei e acordos comerciais.

Há cerca de cinco anos as indústrias vinícolas do Brasil e da Argentina ,por exemplo, mantêm um acordo de cavalheiros,  que impede a entrada de vinhos argentinos no país com preços inferiores a US$ 8 a caixa de 12 garrafas. Mesmo assim, a Argentina é o segundo maior fornecedor de vinhos para o mercado brasileiro. O chile é o primeiro. Para os chilenos, beneficiados por um acordo bilateral o imposto de importação é zero. Então que efeito importante esse pedido poderia produzir?

Entendo as reivindicações do setor, suas dificuldades, suas necessidades, compartilho do movimento em defesa do vinho nacional, mas neste caso acho que a medida , se adotada,  não produzirá o efeito desejado e poderá ainda afastar o nobre consumidor de vinho fino que poderia ser fidelizado pelo produto nacional por outras estratégias mais importantes como o aumento da qualidade e a redução da carga tributária nacional.

O que precisamos é diminuir o imposto do vinho nacional e de toda a cadeia de produção no Brasil. O problema não é o vinho importado. O problema é que continua muito caro produzir vinho no Brasil.
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Milan Tomic

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