Emprego no setor bancário é 70% menor do que há duas décadas
Ou seja cada vez menos bancários nas agências. E cada vez mais o cliente que se vire. A queda do número de empregos bancários, na década de 90, deve-se, principalmente, ao processo de terceirização de serviços, uma forma que os bancos encontraram para reduzir custos. Reduziram seus custos, pagam pouco para os pucos bancários e transferiram para correspondentes bancários o risco da segurança. Resultado: Os assaltos saíram das agências e concentram-se nos caixas eletrônicos e nos correspondentes bancários.
Na última sexta-feira (20), o Dieese divulgou balanço segundo o qual o ritmo de abertura de vagas caiu 83,3% nos primeiros três meses de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano, o saldo positivo foi 1.144 vagas. "Os postos criados este ano foram resultado da contratação de novos bancários pela Caixa Econômica Federal, que abriu 1.396 novos postos", afirma o Dieese. "Sem essa participação, o saldo do emprego bancário no período [primeiro trimestre de 2012 teria sido negativo."
Nos últimos oito anos, os bancários obtiveram 13,9% de aumento real. Apesar disso, a média salarial da categoria cresceu apenas 3,6% no mesmo período, de R$ 4,2 mil, em 2004, para R$ 4,4 mil, em 2011. A categoria culpa a rotatividade por esses números. Os bancos, segundo os bancários, estariam trocando profissionais com salários mais altos por novos empregados com menor remuneração. Entre 2004 e 2011, o lucro dos maiores bancos subiu de R$ 23,3 bilhões para R$ 53,4 bilhões.
A categoria entregará sua pauta de reivindicações no próximo dia 1º de agosto para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
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