Porte de arma protege? Não! não protege.
Recentemente em uma audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara,deputados que representam os interesses da indústria de armas propuseram nada menos que se desse porte de arma aos 700 mil advogados do Brasil, país que é o terceiro do mundo em número de advogados. O argumento é de que se trata de uma profissão de risco. Bom se for por está ótica, há muitos que estão em risco no país. Não só os advogados. Taxistas, motoristas de caminhão, representantes comerciais e tantos outros. Ora, quem não está em risco no Brasil? A solução não é distribuir armas para a população. Não é a posse da arma, mas a adoção de atitudes defensivas que nos livrarão do bandido. É o mesmo que não usar cinto de segurança e culpar o trânsito pela morte violenta.
O desenvolvimento de uma sociedade se faz pela soma dos esforços das pequenas mudanças. Continuo acreditando que é preciso investir maciçamente nas polícias, com armamento e equipamento de última geração, tecnologia de ponta, salário decente e exigência de postura ética inviolável.
Políticas públicas não se fazem com a exceção, mas com o usual. E todos conhecemos a regra: o crime passional em São Paulo, da esposa que atira no marido que a ensinou a atirar; acidentes com criança, crimes passionais, brigas de vizinho, nos bares e no trânsito, balas perdidas,são o desfecho trágico das situações em que se está armado.
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