CSR é o nome escolhido para novo imposto criado pelo governo federal
Contribuição sobre Receitas (CSR) é o resultado da unificação entre PIS e COFINS, uma espécie de desoneração tributária proposta pelo governo federal. Considerado prioridade para a presidente Dilma Rousseff, o novo tributo será um imposto sobre valor agregado, que visa simplificar não só para as empresas, como também para Receita, que terá mais facilidade em fiscalizar.
Segundo o advogado Cristiano Diehl Xavier, sócio do escritório Xavier Advogados, para compreender melhor a proposta é necessário primeiro entender como já são calculados esses tributos. O PIS e a COFINS são calculados de duas maneiras e isso se diferencia pelo setor e/ou faturamento em que o negócio está classificado. A maioria das empresas recolhem impostos de forma cumulativa, ou seja, sem direito a créditos e com alíquotas de 3,65% sobre o faturamento, e outras aplicam a alíquota de 9,25% a cada etapa de produção e deduzem créditos tributários gerados pela compra de insumos, explica.
Para Xavier, é essencial que o governo decida sobre o sistema cumulativo, se será ou não mantido após a fusão. Teremos uma maior geração de créditos tributários e isso pode acarretar a elevação da alíquota do tributo, aumentando os 9,25% cobrados na sistemática não cumulativa, completa.
O que se sabe ao certo é que as desonerações de PIS-COFINS serão preservadas. Como haverá maior geração de créditos tributários é possível que seja necessário elevar a alíquota do tributo. O nível deverá ficar acima dos 9,25% que hoje são cobrados de quem está na sistemática não cumulativa.
Em primeira instância, o novo imposto teria essa alíquota única, mas o governo percebeu que isso poderia gerar perdas para alguns setores e ganho a outros, não facilitando de forma geral, conta Xavier. Dilma estuda a adoção de duas ou mesmo três alíquotas, entre 4% e 9%, o que evitaria que as empresas tivessem a carga tributária aumentada.
Blogger Comment
Facebook Comment