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Salton mira exportações e espera ano sem protecionismo
O mercado de vinhos andou agitado em 2012. De um lado, a salvaguarda nacional, que previa proteger o mercado interno, visava limitar e encarecer as importações. Como resposta, proprietários de restaurantes famosos boicotaram o vinho brasileiro alegando que a medida contribuía para a queda no nível de competitividade da bebida, já que, com impedimentos da entrada do vinho importado, diminuiriam as exigências para a produção nacional.

Daniel Salton, presidente da Vinícola Salton e empresário atuante no setor, destaca que a ideia inicial, de fazer com que as empresas nacionais ganhassem visibilidade, acabou degradando a imagem do setor. Para ele, em 2013, é melhor que o mercado cresça sem se envolver em polêmicas. “As vinícolas nacionais acabaram virando inimigas públicas do consumidor. Inicialmente, nos posicionamos a favor, mas identificamos que a repercussão estava sendo negativa e decidimos não apoiar mais a salvaguarda”.

Para esfriar os ânimos, assim que começou a má repercussão, em 2012, a Salton emitiu um comunicado afirmando que não ia mais apoiar a salvaguarda, pois a medida estava prejudicando a marca. “Estávamos sendo prejudicados, pois investimos muito na marca e em nossa reputação e essa imagem de favorecimento ao vinho brasileiro foi mal compreendida”.

Distante de qualquer atitude protecionista, a Salton aposta que 2013 é o ano de investir para exportar o produto nacional. Atualmente, o mercado conta com outras medidas para favorecer o vinho produzido aqui. Uma delas é a campanha “Eu digo sim aos vinhos do Brasil”, que favorece o produto brasileiro sem imposições e com o objetivo de mostrar a qualidade do produto. A parceria foi feita com supermercados de todo o Brasil. “Passada toda essa polêmica, o que aprendemos é que o mercado tem que fazer sua lição de casa e ter preços competitivos”.

Exportação


Salton explica que os espumantes brasileiros representam 80% de consumo interno e apenas 20% vão para exportação. Um dos grandes desafios para aumentar a venda de vinhos nacionais no Exterior é investir na exposição da marca e divulgar a qualidade dos espumantes nacionais. “Temos certeza que estamos no caminho certo para ter grande participação no mercado internacional. Mudamos o perfil na condução de nossos vinhedos e pretendemos aumentar nossa produção já na próxima safra”, diz. O empresário quer aumentar as exportações em 65% com a abertura e reforço de novos mercados como Austrália, Japão, Estados Unidos, China e outros países em que a empresa já atua.

A vinícola fechou o ano de 2012 com o faturamento de R$ 280 milhões e cerca de 7,3 milhões de garrafas de espumantes comercializadas. Salton explica que o inverno foi muito ruim e acabou prejudicando os negócios. "O vinho depende muito do faturamento do inverno, mas isso não aconteceu. Aqui no sul, tivemos dias muito quentes e a safra foi antecipada em 15 dias. Foi no final do ano que conseguimos uma leve recuperação com crescimento de 10% em relação a 2011."

Para 2013, as projeções de crescimento estão totalmente ligadas aos investimentos da vinícola em novos projetos. A expectativa de faturamento da Salton é de R$ 317 milhões com estimativa de colher 16 milhões de quilos de uvas, sendo 61% (9,7 milhões de quilos) de uvas brancas e 39% (6,2 milhões de quilos) de uvas tintas.
 
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Milan Tomic

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