E quem incentivou o movimento, diz o quê?


A morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da Band, atingido por um rojão lançado por um black bloc durante protesto no Rio de Janeiro, causou uma onda nacional de comoção. Quando um artefato como esse, cujo poder letal é conhecido, é disparado diretamente contra outras pessoas, estamos diante de um crime – não importa se a vítima é jornalista, policial ou manifestante. Os assassinos precisam ser responsabilizados pelo que fizeram, mas o episódio também pede um exame de consciência daqueles que, desde o início das grandes manifestações de rua, criaram o cenário que permitiu aos black blocs acreditarem que podiam fazer o que bem entendessem. Os black blocs não chegaram aonde chegaram por acaso. Contaram com o apoio, implícito ou explícito, de muita gente. Famosos e anônimos, mais ou menos influentes, muitas vezes contaminados por ideologias que veem legitimidade na violência. Tem artistas, tem músicos, tem pessoas públicas que apoiaram e exaltaram os black blocs. Oss black blocs não se tornaram criminosos só agora que acrescentaram um homicídio à sua folha corrida; eles já eram bandidos muito antes disso. A essa altura, insistir em apoiar os vândalos (e agora também assassinos) mascarados significa assumir a cumplicidade com a barbárie.
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Milan Tomic

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