Tido como um partido de conveniências, o PMDB gaúcho mostra sua força e seu poder ao ganhar de lavada a eleição contra o PT de Tarso. O PMDB gaúcho é mesmo diferente do partido em nível nacional. Menos mal para nós gaúchos. Enquanto no governo Dilma o PMDB acumulou grande poder quando em determinado momento chegou inclusive ser dono dos três postos da linha sucessória da presidenta do PT, tendo a vice-presidência da República, ocupada por Michel Temer, e as presidências da Câmara e do Senado, com as eleições de Henrique Alves e Renan Calheiros, no RS o partido da demonstrações de que é diferente. No resto do Brasil, o partido parece assumir uma responsabilidade quase inconveniente para uma legenda que dispensou o protagonismo de seus fundadores para encarnar o papel de coadjuvante e aliado principal do governo. Tornou-se um partido no Brasil conhecido por habilidades e alianças. Não é mais um partido de grandes nomes, como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Franco Montoro, mas de cargos e alianças. Foi assim, mas também foi nos últimos anos uma agremiação política que se revelou poderosa pela capacidade de compor e se tornou uma máquina de eleger prefeitos e deputados. A eleição de Sartori, assim como a de Rigotto comprova a habilidade dos partidários gaúchos de ganhar uma eleição que era tida como perdida. Se no velho MDB o poder emanava de cima para baixo, no PMDB ocorre de baixo para cima. Por isso no estado, mas do que uma terceira via, o PMDB sai fortalecido, poderoso e respeitado. O PMDB termina as eleições como o partido com maior número de governadores.
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