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Reforma política ou reforma dos políticos?
É duro ter que opinar sobre reforma política. Uma reforma que já deu muito o que falar e nada aconteceu. Há quanto tempo se fala no Brasil sobre reforma política? Pois é, mas vamos lá, o assunto volta de novo as pautas dos jornais e sites porque pós eleição a presidente Dilma declarou que esse tema será prioridade no seu novo mandato. Mas se todos são a favor da reforma política, por que ela não é feita? Talvez por que quem quer mudar as regras do jogo esteja interessado em mudar o resultado final. O processo a ser conduzido pelo governo do PT requer muito debate e vigilância. Precisamos de uma reforma política urgente que mude o sistema político, que enfrente a imposição do poder econômico e combata o oportunismo eleitoral. Pré-lista com votação definida pelos partidos, doações de empresa permitidas diretamente para partidos políticos — não para candidatos individualmente; coincidência de eleições mas em dois turnos. No primeiro turno para presidente, governadores, deputados e senadores. No segundo turno para prefeitos e vereadores. Fim da reeleição e mandato de 5 anos; Cláusula de barreira. Progressiva para o partido ter direito a funcionamento parlamentar e acesso ao fundo partidário e tempo de TV. O desempenho mínimo começaria em 3% dos votos nas eleições de 2018 e progressivamente até 5%; Quociente. Para ser eleito deputado será preciso receber, no mínimo, 10% do quociente eleitoral — o que acaba com deputados eleitos com número irrisório de votos na “carona” de nomes populares. Fim das coligações para eleições proporcionais. Resta ainda uma dúvida: Será que o Brasil precisa de reforma política ou da reforma dos políticos?
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