Não fizemos a lição de casa. Não arrumamos as contas públicas. Não
estruturamos política de exportações que contribuísse para balança
comercial equilibrada. Não fizemos investimentos requeridos pela
infraestrutura. Preferimos estimular o consumo.Apostamos todas as nossas fichas na utilização da taxa de juros para o
combate à inflação. Com isso, atraímos capitais que vieram
em busca de rendimentos superiores aos oferecidos em países
desenvolvidos.A economia brasileira é parte da economia mundial e nada do que
acontece aqui nos é indiferente. Não dá para entender é a surpresa de
agora.
Mesmo com reservas cambiais estimadas em US$ 370 bilhões - e
intervenções pontuais e programadas do BC no mercado de câmbio, o fato é
que o encanto (cambial) se quebrou, e o estrago se espraiou em
diferentes direções. Estamos diante da alta do dólar. De janeiro até
semana passada a alta foi de 76%.
O primeiro perigo é a inflação. A outro, vem junto: é a indexação
generalizada que perpetua aquela. E o mais cruel dos males: nessa
atrapalhação estamos jogando fora o esforço feito desde 1994 para implantar o Plano Real .
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