Na pessoa jurídica, o cenário de otimismo com a instabilidade econômica que projeta inflação na casa de 4% inadimplência sob controle, agronegócio em alta e queda nos juros no médio prazo e retomada da atividade produtiva na indústria sinaliza até o final do ano melhoras. O cenário de menor risco abre espaço para que os maiores bancos do país diminuam suas reservas contra calotes de clientes e melhorem seus resultados. Essa a avaliação no momento do setor bancário. Ou seja, a noticia é boa para a indústria. Porém na pessoa física o cenário é bem mais complicado. A inadimplência continua alta e a capacidade de recuperação da situação financeira das pessoas é mais lenta. O que é ruim especialmente para o comércio. Estudo da Serasa Experian mostra que 27% da população de baixa renda, com ganhos de até R$ 2 mil, tem mais de 50% de seus rendimentos comprometidos com produtos financeiros, como cartão de crédito, empréstimo consignado, empréstimo pessoal, financiamento de automóvel, financiamento imobiliário e cheque especial.
O fato é que o prolongamento da recessão levou as instituições a adotar provisões mais conservadoras no ano passado, com o temor de que uma explosão da inadimplência no país atingisse suas atividades. A reversão desse cenário deve levar a resultados melhores nos próximos meses. Chegamos ao final da curva descendente. É o consenso. A expectativa dos analistas é que a retomada da economia exija reservas menores dos bancos. Diferente de 2016 e 2015, quando havia muita recuperação judicial e grandes empresas quebrando. O lucro dos Bancos no primeiro trimestre deste ano já mostra isso: Lucro líquido ajustado do BB salta 95,6% no 1º trimestre e atinge R$ 2,515 bi, noticia-se hoje. Lucro do Bradesco chega a R$ 4,07 bilhões no 1º trimestre de 2017. Bancos privados registram aumento no lucro no primeiro trimestre, são as manchetes do noticiário.
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