A vitória do presidente Temer, que teve a denúncia de corrupção passiva contra ele rejeitada pela Câmara, deixou o governo mais confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. Além dos 263 votos pela rejeição da denúncia, o Planalto conta como favoráveis os 19 deputados ausentes e os dois que se abstiveram. Somando esses 284 com os 106 deputados dos 11 partidos que têm ministros mas deram votos contra o presidente, o Planalto calcula que tem um universo de 390 deputados sobre os quais trabalhará em busca dos 308 votos necessários para a aprovação das mudanças nas regras previdenciárias. O presidente Temer mostrou confiança ontem: “Eu me sinto fortalecido para isso (aprovar a reforma da Previdência)”. Mas a tarefa do Planalto não será fácil. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a prioridade do Planalto deve ser a recomposição da base, especialmente com a ala dissidente do PSDB, que deu 21 votos contra Temer. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera a aprovação da reforma da Previdência até outubro, na Câmara e no Senado. Já parlamentares da base aliada querem aprovar a reforma política, que prevê mudanças no sistema político-eleitoral e estabelece um fundo de R$ 3,5 bilhões, com recursos públicos, para financiar eleições. Para que vigorem já no próximo ano, as medidas têm de ser aprovadas em 60 dias. Deputados do Centrão – do qual fazem parte PP, PSD, PR e PTB – ameaçam votar contra a reforma caso o governo não retalie os que votaram contra Temer.
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