O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (25), em vídeo publicado nas redes sociais, que o anúncio dos 57 projetos de concessão e privatização de empresas públicas feito pelo governo na quarta-feira (23) foi uma medida “corajosa”. Com a iniciativa, o governo espera arrecadar, a partir deste ano, cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos. Sob este aspecto Temer tem razão. Mas será que todas elas acontecerão. O anúncio, claro, tem tom político, ou pelo menos espera produzir efeito político. Segundo Temer, os bilhões arrecadados pelo governo serão investidos no que “realmente importa”, que é saúde pública, segurança, infraestrutura e educação. Mas de fato, há muito caminho ainda para percorrer. Na lista está até a Casa da Moeda, além de 14 aeroportos, onze blocos de linhas de transmissão de energia elétrica, 15 terminais portuários, rodovias, Companhias Docas do Espírito Santo, Casemg e Ceasa Minas, além de parte da Eletrobras, como foi anunciado no início da semana. A segurança jurídica é maior entrave. Vários analistas ponderam que o prazo de tirar o pacote de papel até o fim de 2018 é bastante ambicioso diante de uma perspectiva econômica do país que não facilita o processo. Depende muito das regulações dos projetos. Se for uma legislação que não é clara e gera incerteza, os investidores terão receio.
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