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Comentário de Carlos Quadros às 07:50 a.m.
Corrupção, o papel da imprensa
O presidente Lula anda irritado com a imprensa. Sente-se vítima de um suposto cerco dos meios de comunicação ao seu governo. Incomoda-o, e muito, o pipocar constante de denúncias envolvendo membros de sua equipe ou dirigentes do seu partido. Na versão do presidente da República e do PT, os fatos são simples, nada mais do que um simples erro.
Reconhecida a responsabilidade de Delúbio, o partido o expulsa por “gestão temerária” e está tudo resolvido. Surpreende-se o presidente com a “irresponsabilidade” de jornais que não se satisfazem com a explicação e, “levianamente”, continuam a encostar o governo na parede. Ora, o “erro” do ex-tesoureiro do PT e amigo do presidente derrubou o poderoso ex-ministro José Dirceu, implodiu diretorias de estatais, dinamitou a cúpula do partido do presidente e reduziu a pó a imagem do PT. Quem não deve não teme.
A debandada dos cargos parecem indicar que as coisas não são tão simples.
Na verdade, as investigações começam a se aproximar do gabinete presidencial. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, revelou um notável descalabro na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), na gestão do ex-ministro Luiz Gushiken, origem de um prejuízo de R$ 15,6 milhões para os cofres públicos em produtos não entregues e serviços superfaturados. Curiosamente, um dos principais beneficiários das irregularidades verificadas no exame de dez produtos e serviços contratos pela Secom foi a agência de publicidade de Duda Mendonça. A notícia do resultado da auditoria irritou o presidente. Trata-se, no entanto, de um fato. E, goste ou não o presidente da República, nas democracias verdadeiras as notícias não são censuradas.
É curioso, como os governos com vocação autoritária convivem mal com a liberdade de imprensa e de expressão. Hugo Chávez amordaçou a imprensa. É um fato. O partido do presidente, quando na oposição, usava e abusava de seu poderoso estilingue contra as vidraças do Palácio do Planalto. As CPIs eram defendidas como instrumento indispensável no combate à corrupção. Agora, instalado no poder, e decidido a não abandonar o trono, a coisa mudou. Abertura de CPI virou conspiração para derrubar o governo. E a Lei da Mordaça virou “instrumento legítimo para controlar a irresponsabilidade da mídia e dos promotores”.. É o governo de resultados.
Os jornalistas, segundo o presidente, estariam extrapolando o seu papel e assumindo funções reservadas à polícia e ao Poder Judiciário. O jornalismo, como qualquer atividade humana, está sujeito a erros. Um balanço sereno, no entanto, indica um saldo favorável ao trabalho da reportagem. Na verdade, a imprensa, mais uma vez, está se transformando numa instância, talvez a única, de uma sociedade abandonada e agredida por muitas de suas autoridades. A repercussão do mergulho no pântano da corrupção em que se transformou certo setor da vida pública brasileira está dando alento à nós cidadãos perdidos.
Graças ao papel da imprensa e à legítima pressão da opinião pública, seja qual for o desfecho das investigações em andamento, depois delas o Brasil não será o mesmo. Ainda bem que contamos com pessoas que sabem distinguir o real papel da imprensa, embora acho que exageros existam.
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Notas Quentes:
Fábrica de estofados quer conquistar o mercado árabe
A empresa Estobel, fabricante de sofás e poltronas sediada em Farroupilha, no Rio Grande do Sul, quer começa

O RS consolida sua posição entre os quatro Estados mais ricos
O IBGE revelou nesta sexta-feira que ao analisar as contas regionais de 2003, constatou que entre as quatro maiores economias do País, o RS foi o que apresentou o melhor resultado. A participação da economia gaúcha no PIB do Brasil, subiu de 7,8% para 8,2%. O valor do PIB gaúcho é de R$ 128 bilhões. A outra boa notícia é que a economia gaúcha começa a ameaçar a economia de Minas e se distancia da economia do Paraná e da Bahia.. O ranking dos 10 Estados mais ricos do Brasil, de acordo com a participação de cada um na formação do PIB é a seguinte: São Paulo, 31,8%; Rio, 12,2%; Minas, 9,3%; RS, 8,2%; Paraná, 6,4%; Bahia, 4,7%; Santa Catarina, 4%; Pernambuco, 21,7%; Distrito Federal, 2,4% e Goiás, 2,4%. . A maior surpresa é São Paulo, que registrou a maior queda da história, pelo menos desde 1985, quando a série começou a ser tabulada. O IBGE explica que a queda deve-se ao menor peso da indústria paulista no PIB brasileiro, que caiu de 51,6% naquele ano, para 40,4% atualmente.
Georges Aubert tem nova direção
A centenária vinícola Georges Aubert, de Garibaldi, volta a ser comandada por Deyse M.C. Tanuri. A executiva, que também preside a Rota dos Espumantes, associação que reúne as principais vinícolas de Garibaldi, foi reconduzida ao cargo após assembléia de acionistas. Ela assume a presidência da Georges Aubert e passa a gerir os destinos da empresa, que está se reestruturando há dois anos. Com forte recuperação de mercado, a vinícola quer voltar a liderar o setor de champanhas. Para tanto conta com a estratégica contratação de Deyse para atingir este objetivo. Outra novidade é a aquisição de 53 por cento das ações da Aubert Participações, pelo empresário e advogado Gabriel Freire, de São Paulo, que passa a deter o controle acionário da empresa..A Champagne Georges Aubert e a empresa paulista San Marino/Donelli firmaram acordo de parceria para a distribuição e o lançamento de novos produtos. Esta parceria tem sido fundamental para a empresa, pois conta com um trabalho já institucionalizado em todo o Brasil. A San Marino é distribuidora exclusiva da empresa italiana Donelli Vini no Brasil.
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Clipping:
-GM vai produzir carros híbridos na China
A montadora norte-americana General Motors vai produzir veículos híbridos (que usam motores a gasolina e a eletricidade) na China a partir de 2008. A empresa anunciou onten que a produção será feita em parceria com a chinesa Saic Motor. Os modelos ou a quantidade de veículos a serem produzidos não foram revelados pela empresa. A GM comercializa na China modelos de suas marcas Opel, Saab, Buick, Chevrolet e Cadillac. A companhia procura, com a estratégia, marcar presença em uma fatia de mercado para a qual já têm planos a Toyota e a Volkswagen. Essas empresas pretendem lançar veículos híbridos no país em tempo para aproveitar um crescimento de vendas esperado com a realização dos Jogos Olímpicos em Pequim, em 2008 ( Fonte: Gazeta do Paraná)
-Movelsul Brasil 2006 tem lançamento em Goiânia
Esta é uma inovação desta edição. "Mesmo com a presença de um grande número de lojistas na feira em 2004, queremos incentivar a vinda de mais lojistas", diz o presidente Lean

-Fiema Brasil deve alcançar suas metas para 2005-A Feira Internacional de Ecologia e Meio Ambiente espera fechar o ano com 70% dos espaços ocupados.
A Feira Internacional de Ecologia e Meio Ambiente (Fiema Brasil), que está comercializando espaços para empresas que atuam no setor ambiental, deve atingir todas as metas previstas para esse ano. Cerca de 40% dos espaços já foram vendidos até o mês de outubro. Até dezembro 70% da feira deve estar vendida. “As metas de comercialização dos espaços estão sendo cumpridas, com grande receptividade por parte de empresários e profissionais do setor, graças aos resultados e à repercussão alcançada pela primeira edição da feira”, avalia a diretora comercial da Fiema, Clarisse Rasador.
Em sua primeira edição, em 2004, o evento registrou uma cifra de R$ cinco milhões em negócios. A projeção de aumento de 100% no valor das comercializações está ancorada nas expectativas em relação ao número de expositores e de visitantes. No ano passado, a feira reuniu 213 empresas e entidades, contabilizando um público de 11 mil visitantes. Para 2006, a diretoria acredita que o evento terá 300 expositores e irá atrair 16 mil pessoas. Promovido pela Associação Bento-Gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (Abepan), o evento irá reunir fabricantes de máquinas, equipamentos, acessórios, produtos e tecnologias utilizados para fins ecológicos, além de instituições de pesquisa, fomento e desenvolvimento de projetos na área ambiental.
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