Nova alta da Selic dificulta crescimento de uma indústria já estagnada
Para a CNI, a elevação da taxa básica de juros traz ganhos modestos contra a alta da inflação, prejudica a expansão dos investimentos e impede o aumento da oferta .
A nova elevação da Selic, de 0,50 ponto percentual, apesar da intenção correta de segurar a pressão nos preços, traz ganhos modestos na contenção inflacionária e impõe mais dificuldades para o setor industrial retomar o crescimento, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Como acaba de mostrar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, a indústria permanece estagnada. Segundo a CNI, nesse cenário, o aumento nos juros é ainda mais prejudicial ao setor, justamente o de maior capacidade de recuperação e de contribuição à retomada da economia. Sem uma participação expressiva da indústria, o país cresce pouco, assinala a entidade.
A CNI diagnostica que a inflação alta no Brasil se origina dos elevados custos dos serviços, setor que não sofre a concorrência das importações e repassa as altas. Esses custos afetam fortemente a competitividade da indústria. Para a CNI, a elevação isolada dos juros não é a melhor forma de enfrentar essa equação, porque prejudica a expansão dos investimentos e dificulta o aumento da oferta.
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