
Sinto uma certa tristeza , porque acredito que, no caso de Bento, estes protestos deveriam ter ganhado as ruas ainda no ano passado. E no caso da Copa do Mundo, ainda quando do início das obras babilônicas. E a Dilma? Será que ela vai insistir que não tem nada haver com isso? A nação do futebol é também a das favelas, dos esgotos a céu aberto, da extrema pobreza em cada canto onde mentirosamente se propaga a redenção. Os governantes deveriam saber - e certamente sabem - que tudo tem o seu limite.
Verdade é que os governantes e toda a classe política sempre fizeram o que bem quiseram, sempre esbanjaram imoralidades achando que as indignações e os descontentamentos do povo são sempre passageiros. Acostumaram em roubar, em nada fazer, em mentir, em esbanjar da cara do povo e receberem, desse mesmo povo, os votos que os elegem. Sempre aconteceu assim, e por isso mesmo o espanto quando a sociedade eclode, sai às ruas, solta o seu grito preso desde muito, faz bradar sua indignação.
No rol da grita nacional, onde caras limpas ou mascaradas protestam com justa razão, está a precariedade da contraprestação do Estado pela elevada carga de tributos arrecadada, refletida na saúde, educação, segurança, transporte público, infraestrutura, moradia e um sem-número de outros bens e serviços a serem supridos ou subvencionados pelas esferas de governo. Quem de agora em diante será o porta-voz de tudo aquilo que se ouviu e viu em todos os cantos do país?
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