Os estrategistas das campanhas de Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) já miram o eleitorado antipetista para garantir votos suficientes para garantir vaga no segundo turno. Os de Bolsonaro chegam a apostar que a conquista destes eleitores será até mesmo suficiente para ele ganhar ainda no primeiro turno.
Nesse contingente, que abrange cerca de 44 milhões de brasileiros, ou 30% do total de eleitores, Bolsonaro tem apoio da maioria absoluta, e sua taxa de intenção de votos equivale a seis vezes a do tucano Geraldo. Os dados são de levantamento do Ibope feito entre os dias 8 e 10, depois de Bolsonaro ter sido esfaqueado em um evento de campanha em Juiz de Fora (MG), fato que provocou comoção e aumento expressivo da exposição do candidato do PSL nos meios de comunicação.
Para medir o eleitorado antipetista e averiguar sua composição social, o Ibope perguntou aos eleitores: “Em qual desses partidos políticos o(a) senhor(a) não votaria de jeito nenhum?” Com 30%, o PT ficou em primeiro lugar no quesito rejeição, com larga margem sobre o segundo colocado, o PSDB (8%).
Na distribuição geográfica do eleitorado, há uma concentração maior de votantes que rejeitam o PT nas regiões Sudeste e Sul. Juntas, elas abrigam 69% desse segmento – e 59% do eleitorado total. No Nordeste estão apenas 15% dos eleitores anti-PT, embora a região abrigue cerca de 26% da população apta a votar. No Norte/Centro-Oeste, a balança está mais equilibrada: 15% dos antipetistas e 16% do eleitorado total.
Em termos de escolaridade, os antipetistas têm mais anos de estudo e se concentram na elite. Um em cada três eleitores com essa característica tem curso superior, enquanto a média do eleitorado total é de apenas um em cada cinco. No outro extremo, entre os que estudaram até a quarta série, a proporção de antipetistas equivale à metade da média nacional.
Na divisão por renda, quanto maior a faixa salarial, maior a proporção de eleitores anti-PT. Na amostra total da pesquisa, os brasileiros que ganham mais de cinco salários mínimos são 14%. Entre os que rejeitam votar no PT, essa proporção chega a 24%. ( Fonte: Estadão)
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