As 18h40min não tem mais como Sartori virar. Matematicamente Leite está eleito.
Os gaúchos já sabiam que Leite seria o governador. Ele venceu no primeiro turno e tinha amplo favoritismo dado pelos institutos de pesquisa. A surpresa foi o crescimento de Sartori a poucas horas da eleição, mas não foi suficiente.
Com 33 anos, Eduardo Leite (PSDB) é formado em direito pela Universidade Federal de Pelotas, sua cidade natal. É o governador mais jovem do Rio Grande do Sul desde a redemocratização. Seu gosto pela política, segundo ele, vem "desde pequeno": foi presidente de grêmio estudantil e seu pai é fundador do PSDB no município.
Leite concorreu ao cargo de vereador em 2004, mas ficou com a suplência. Elegeu-se para a Câmara Municipal no ano de 2008 e chegou à presidência do Legislativo. Foi secretário municipal e chefe de gabinete do ex-prefeito Fetter Júnior (PP). No ano de 2010, tentou, sem sucesso, o cargo de deputado estadual.
Em 2012, foi eleito o prefeito mais jovem da história de Pelotas, com 27 anos. Terminou sua gestão com 87,2% de aprovação, mas não concorreu novamente ao cargo, por ser "crítico" à reeleição. Ainda assim, ajudou a eleger no primeiro turno sua sucessora, a vice-prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).
Logo após deixar a prefeitura, Leite estudou gestão pública na Universidade de Colúmbia, nos EUA, e faz mestrado em gestão de políticas públicas na FGV-SP. Em 2017, se tornou o presidente estadual do PSDB. Nesta eleição, o tucano saiu de 8% nas pesquisas para terminar na liderança 35,9% dos votos no dia 7 de outubro e liderar as intenções de voto no segundo turno.
Mostrou motivação, vigor, conhecimento, novas ideias e projetos. Insistiu em dizer que os gaúchos não querem mais um governo que governe apenas para o governo. Essa foi a grande diferença. Sartori foi um bom governador, fez o que podia, mas acomodou-se. Desistiu de arrojar mais e resolver os problemas com outras soluções que não as mesmas.
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