Segundo o laudo, documentos encontrados no celular do tenente-coronel indicam que havia militares objetivando anular as eleições presidenciais de 2022, destituir ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e fazer uma intervenção militar no Brasil.
Os documentos foram publicados inicialmente pela revista Veja na 5ª feira (15.jun). Nenhuma autoridade do Alto Comando das Forças Armadas nem Bolsonaro aparecem nos documentos dando apoio ao plano de rejeitar o resultado das eleições de 2022.
Os arquivos encontrados no celular de Cid indicam que o plano foi feito com base na tese de que, caso Bolsonaro perdesse as eleições, haveria um conflito entre os Poderes –considerando, segundo aliados bolsonaristas, que a derrota do então presidente teria sido ocasionada por decisões “inconstitucionais” proferidas durante a campanha eleitoral pelos ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Desta forma, dentre outros motivos, militares poderiam, segundo o plano, ser convocados, e uma intervenção militar poderia ser instaurada.
Entende-se que o conjunto dos fatos descritos seriam capazes de demonstrar não só uma atuação abusiva do Judiciário, mas também abuso praticado pelos maiores conglomerados de mídia brasileira, de modo a influenciar diretamente o eleitor e o resultado da eleição em favor de determinado candidato”, diz o autor de um texto encontrado com Cid, segundo a revista Veja.
O documento faz parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal. Os peritos analisaram mensagens de WhatsApp, com áudios, backups de segurança e arquivos armazenados no aparelho celular de Cid. As informações são do Poder360.
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