A sexta-feira não foi boa para Temer. Primeira noticia: O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), já enviou a investigação sobre o presidente Michel Temer ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Sendo assim, começou a contar o prazo de cinco dias previsto em lei para Janot decidir se apresenta denúncia contra Temer ou arquiva o caso. Segundo o Ministério Público, o prazo termina na próxima terça-feira. A investigação foi autorizada para apurar se Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) cometeram os crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e participação em organização criminosa. A Polícia Federal já concluiu, em relatório parcial, que há evidências de que Temer cometeu "com vigor" o crime de corrupção passiva.
Outra noticia: O Instituto Nacional de Criminalística já concluiu a perícia sobre a gravação de uma conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS. Os peritos confirmaram que não houve edição do diálogo entre Temer e Batista, do contrário do que disse o perito contratado por Temer, que chegou a classificar a gravação como “esburacada”. Para os peritos, as "descontinuidades" em alguns trechos da gravação não teriam comprometido o conteúdo da conversa. O ataque à qualidade da gravação era uma das principais estratégias da defesa de Temer.
E na Noruega, enquanto que do lado de fora da residência oficial de Erna Solberg, um grupo fazia uma manifestação exibindo cartazes pedindo respeito à democracia, aos direitos humanos e aos direitos indígena, do lado de dentro, as cobranças ao presidente brasileiro eram dirigidas pela primeira-ministra, que disse a Temer que a Lava Jato preocupa o país europeu cobrando soluções. A referência à Lava Jato não foi o único constrangimento. O governo norueguês já havia anunciado que deve cortar pela metade o repasse ao Fundo Amazônia previsto para o ano que vem. Serão R$ 200 milhões a menos para a proteção da floresta brasileira.
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