R$ 10 mil por 15 minutos de conversa
Sabe-se agora que as denúncias do superenriquecimento de Antonio Palocci, agora ex-ministro da Casa Civil, saíram do PT. A cúpula do partido teria descoberto que Palocci havia desviado dinheiro do caixa dois da campanha eleitoral. Ele teria sido obrigado a abrir as contas, mas não o fez. Para legitimar os recursos, criou a Consultoria Projeto. Os recursos desviados se juntaram a alguns contratos da empresa. Um deles rendia a Palocci R$ 10 mil por 15 minutos de conversa a cada mês. Na maior parte dos contratos, o valor dos serviços, que incluía convencer o governo a não baixar determinadas medidas, era de R$ 30 mil. Que locura!
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Cliam surpreendente de tranquilidade
Até o início do mês passado, o governo de Dilma Rousseff estava envolto em uma nuvem de desconfiança diante da disparada da inflação. Em grande maioria, os agentes econômicos desconfiavam do comprometimento da equipe econômica em conter a escalada dos preços. A postura vacilante do Banco Central na condução da política de juros e a visão gastadora do Ministério da Fazenda criavam um clima nada favorável entre os especialistas.

Não se via, porém, uma gritaria generalizada de empresários e economistas diante da possibilidade de a inflação superar o teto da meta de 6,5%. O que fazia muitos manterem os nervos sob controle era a presença de Antonio Palocci na Casa Civil. O ministro era visto como a garantia de que o bom senso prevaleceria no governo. 

Nas últimas três semanas, as desconfianças em relação à inflação começaram a diminuir e o governo foi envolvido por uma crise política de proporções gigantescas. E, no centro dela, estava justamente o homem apontado por todos como o fator da racionalidade da atual administração: Antonio Palocci.

Mas apesar de tudo, esperava-se um movimento negativo no mercado financeiro, no entanto o que se vê é um surpreendente clima de tranquilidade. Que coisa hein!
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Dilma solitária
Informações de Brasília dizem que Dilma se fechou. Anda sozinha nas suas decisões. As intervenções do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo atual feriram o ego da presidente Dilma. E cansada de ser rotulada pela falta de habilidade política, Dilma passou a tomar decisões de forma cada vez mais solitária. Embora tenha demorado para bater o martelo no caso Palocci, ela tentou demonstrar autonomia na escolha dos novos nomes de sua equipe. O PT vive uma disputa interna, principalmente na Câmara dos Deputados. Sem interferir na briga do PT, Dilma acabou se afastando do partido. Diz que os políticos mais astutos e os caciques do PT não gostaram. Dilma escolheu para o primeiro escalão do governo mulheres com seu perfil. Gleisi e Ideli são petistas de carteirinha. Tomara que elas, assim como Dilma, passem a se preocupar mais com os programas de governo do que com a política partidária e com a distribuição de cargos e o loteamento de órgãos públicos - marcas da administração petista.

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Consepro ficará sem dinheiro
A informação que circula e que foi publicada no final de semana em Bento, de que o Consepro pode ficar sem os recursos da Zona Azul.  21% dos recursos do estacionamento rotativo pago em Bento são repassados pela prefeitura ao Consepro de acordo com contrato assinado com a prestadora do serviço. Portanto para que se mude isso, será necessário mudar o contrato. Em 2010 o Consepro recebeu R$ 248.000,00 do convênio. Este ano já são quase R$ 80 mil. É um dinheiro importante para as demandas que o Consepro enfrenta. A informação vai mais além. Sem o repasse para o Consepro o dinheiro iria para o fundo municipal de segurança comunitário que foi criado em 2005 e que não se sabe o que foi feito até agora, se há dinheiro disponível, enfim. O fundo deve ser administrado pelo Conselho Municipal de Segurança Comunitária. Que é outro que pouco se sabe. O que faz? o que fez? o que já decidiu? qual sua realidade atual? Sob o pretexto de que o fundo sendo administrado por um conselho que é composto por 18 entidades haveria mais transparência e democratização de decisões especula-se a mudança. Ora, desde quando os investimentos feitos pelo Consepro em Bento com recursos públicos e dinheiro da área azul deixar de ser transparentes?  

Há no município uma clara manifestação social de que é preciso fazer mais pela segurança. E não dá para esperar pelo Estado. As providências tem que ser tomadas localmente. E nesta ânsia de fazer algo, parece que tudo que já foi feito passou a ser insignificante. É preciso cuidado, é preciso somar forças e não dividir. O Consepro em Bento sem recursos terá que fechar.  Será o melhor caminho?
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Milan Tomic

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