É sabido que 90% dos empresários pararam de pagar seus impostos devido à crise e a recessão. A partir da autorização de novo Refis, grande parte deles passaria a recolher seus impostos em dia, acrescidos das parcelas já vencidas e financiadas. Não se trata de anistia fiscal. Trata-se de lançar mão de um mecanismo que pode ajudar na arrecadação e recuperação de grande parte de recursos perdidos. Em tempos de dificuldade, o que todos os empresários precisam é de medidas de ajuda e de viabilidade tributária. Embora se saiba que programas de refinanciamento são sempre problemáticos, pois, embutem um incentivo implícito à inadimplência, e consolidam a expectativa de que os beneficiários pagam as primeiras parcelas e depois tendem a voltar a dever, ainda sim, enquanto não tivermos um novo ambiente econômico favorável ao empreendimento, o setor produtivo nacional vai continuar precisando de mecanismos de improviso como os Refis. Mas é óbvio que muito melhor para o desenvolvimento é a criação de um novo ambiente econômico que não asfixie as empresas com excessiva burocracia. Que venha um sistema tributário simplificado e racional. Com carga menos elevada e mais justa. Seria o ideal.
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