Opinião: Um julgamento comprometido

Dois pesos, duas medidas: Lula condenado por corrupção hoje é presidente. Bolsonaro, sem provas, já é tratado como culpado. Veja vem, sem provas, mas culpado sim. Bolsonaro tem culpa sim. Nunca foi um presidente pacificador, agregador, político, prudente, inteligente e comprometido com as causas que realmente importavam.

Mas, sem polarizações, sem lado, é difícil mesmo acreditar num julgamento justo. Porque o STF também perdeu crédito. A justiça perdeu crédito. É ruim ter que acreditar numa justiça que parece ter andado por caminhos muito mais personalistas do que técnicos.

Há enormes diferenças entre as acusações e culpas de Lula e Bolsonaro. Enquanto Lula percorreu anos de processos com fases recursais em várias instâncias — até reverter decisões —, Bolsonaro foi lançado direto ao STF, em rito relâmpago, sem instância revisora e com o placar político falando mais alto que a prova. Como pode? Como pode derrepente, do nada, Lula ser inocente? Fazer como se nada daquilo aconteceu, e tudo voltar a normalidade.?

Há, sim, provas abundantes contra Lula, espalhadas em investigações que correm em Brasília e em Curitiba. Cumpriu pena. Saiu da cadeia sob o argumento de que o julgamento estava comprometido.

Mas as provas estão lá. Os fatos aconteceram ou não? Claro que sim!

Crime contra a Administração Pública, fraude em licitações, cartel, tráfico de influência e obstrução da Justiça. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal, além de órgãos como a Receita e o Tribunal de Contas da União, com a ajuda prestimosa de investigadores suíços e americanos, produziram, desde o começo da Lava Jato, evidências que implicam direta e indiretamente Lula no cometimento de crimes graves. Ou era tudo mentira?

Mas Lula saiu e voltou a ser presidente e Bolsonaro?

Onde estão os conjuntos probatórios como gostam de dizer os investigadores? Falo de provas irrefutáveis, que podem afastar qualquer dúvida razoável e, portanto, convencer e condenar Bolsonaro por crimes cometidos.

Gravações, manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens eletrônicas. Um plano de golpe. Uma organização criminosa.

Independente de tudo isso, tenho a plena convicção que ambos, Lula e Bolsonaro cometeram graves crimes, cada qual com seu peso e sua medida.

Infelizmente a partir das eleições de 2030, quando Lula e Bolsonaro provavelmente estarão fora da disputa, o País começará a vislumbrar novas lideranças nacionais.



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Milan Tomic

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