O negócio da China que fizeram os delatores da JBS, já que sequer ficarão 1 min presos e poderão gozar a vida com todas as liberdades e prazeres que o dinheiro pode proporcionar, inclui prejuízos a imagem do judiciário brasileiro.
O empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, revelou ao presidente Michel Temer (PMDB) que estava “comprando” um procurador da República por R$ 50 mil mensais. Em troca, o procurador infiltrado teria passado informações sigilosas sobre investigação da qual Joesley é alvo.
O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso no final de semana, sob suspeita de vazar investigações para a JBS. Ângelo Goulart Villela era membro da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do país. Goulart era integrante da equipe do vice-procurador geral eleitoral, Nicolau Dino, e recentemente estava cedido à força-tarefa das operações Greenfield, Cui Bono e Sépsis, que apura crimes relacionados à JBS. Joesley Batista e outros delatores da JBS teriam entregado provas de que o procurador repassou dados sigilosos aos investigados.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o afastamento de Ângelo Goulart Villela de suas funções no Ministério Público Federal, determinou também sua exoneração da função de assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao TSE e revogou a designação para atuar na força-tarefa da Operação Greenfield. De qualquer forma, o fato ilustra bem que a corrupção no Brasil se alastrou a todos os níveis. Não é só entre políticos e empresários que as coisas vão mal. Ao longo dos anos a corrupção alastrou a todos os níveis do aparelho de Estado.
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