Criminalista Mariz de Oliveira entregou nesta quarta-feira defesa do presidente Temer na CCJ da Câmara. Em 98 páginas, ele tenta convencer os deputados de que a gravação de Joesley é uma prova ilícita. As folhas trazem argumentos técnicos para rebater as acusações contra o presidente, demonstram que não há anormalidade no encontro noturno com Joesley Batista no Palácio do Jaburu Mariz disse que gostaria que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pudesse ser ouvido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde teria a oportunidade de ficar “vis-à-vis” com o acusador do seu cliente. Mas ele parece saber que dificilmente esse encontro se dará.
“Seria absolutamente conveniente (Janot ser ouvido na CCJ) para eu ter a oportunidade de demonstrar a ausência de provas e interrogá-lo. Isso porque foram ouvidos sem a presença da defesa. Agora, se não é do regimento, se não é comum na CCJ essa instrução procedimental, e parece que não é, isso é o que parece ser decidido por ele (presidente da CCJ). Mas quero esse contraditório, fazer perguntas vis-à-vis com quem acusa o presidente. Não sei se é oportuno”, disse Mariz, que criticou a denúncia do procurador-geral da República.
“Eu devia ter sido intimado a comparecer na coleta de provas que ocorreu na Polícia Federal. Ela foi unilateral e seletiva. Existem nos autos depoimentos favoráveis ao presidente e que não foram mencionados na denúncia”, completou o advogado.
Para o advogado, a gravação é tecnicamente duvidosa, já que existe laudo que diz que ela está incólume e outro que diz que foi adulterada. Mas que a considera prova ilegal de qualquer maneira.“É prova ilícita. Mas, ainda assim, não traz um elemento sequer que ligue, mesmo de forma mais frágil, o presidente do cometimento de qualquer ilícito. Não é elemento incriminatório”.
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