Renato Duque, o poderoso diretor que representava o PT nas roubalheiras na Petrobrás, resolveu seguir o exemplo do ex-ministro Antonio Palocci.
Duque está preso desde 14 de novembro de 2014. No princípio,não dizia nada. Quando não negava, silenciava sobre os crimes. Em maio do ano passado, num depoimento a Sergio Moro, Duque revelou-se propenso a delatar. Nesta segunda-feira, o repórter Robson Bonin informou, em notícia veiculada no Globo, que a celebração do acordo está perto de acontecer.
No depoimento prestado a Moro, seis meses atrás, Duque dissera que Lula não apenas sabia da roubalheira na Petrobras, como era beneficiário das propinas. Contou detalhes dos encontros secretos que manteve com Lula.
A delação pode complicar a vida do ex-presidente Lula. Assim como a de Palocci.
Nas últimas semanas, o ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016, assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, conforme informou O Globo. De acordo com a reportagem, fontes ouvidas pelo jornal confirmaram que os investigadores já concluíram a fase de tomada de depoimentos. A colaboração ainda precisa ser homologada pela Justiça.
Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro, que comanda os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele deixou o PT, do qual era um dos fundadores e um dos nomes mais influentes, depois de fazer acusações contra o ex-presidente Lula e dizer que o petista fez um “pacto de sangue” com a direção da Odebrecht.
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