Uma população estimada em 10,5 milhões de brasileiros - equivalente ao Estado do Paraná - vive em domicílios com renda familiar de até R$ 39 mensais por pessoa. São 16 milhões de miseráveis - quase a população do Chile - contabilizados pelo governo federal na elaboração do programa Brasil sem Miséria. Estima-se que outros de 5,7 milhões vivem com renda entre R$ 40 e R$ 70 mensais por pessoa da família.
O Brasil, apesar de ser um pais rico tanto economicamente quanto em historia e cultura é um pais que também sofre com a desigualdade social, pois apesar de toda essa riqueza, ela se encontra concentrada na mão de poucos.
A retomada do crescimento de forma sustentada, a geração de quase 14 milhões de empregos formais e os ganhos reais do salário mínimo ainda não foram suficientes para, juntamente com os programas de transferência de renda, fazer da miséria, passado.
Então o que fazer? Soma de forças. Do governo e da sociedade, mas também de cada um.
Só sai da miséria a pessoa que entender que isso depende muito mais dela do que do governo e dos outros. O indivíduo, até por uma questão de responsabilidade social, de dignidade, tem de romper barreiras, tem de buscar, ir atrás ao invés de ficar sentado com a mão estendida. Não é fácil conseguir sozinho, mas eventual ajuda só pode ser um complemento do seu próprio esforço.
Não se vence a miséria de um povo resignado, que não quer sair dela, que se contenta em ter comida, em viver da piedade alheia. O desenvolvimento de uma nação se faz na força do povo, não na força do governo, e um povo só é forte se cada indivíduo se empenha em vencer a inércia e a ignorância, qualificar-se, ser útil, participar.
Miséria é carência de tudo, inclusive de atitude.
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