A última edição da revista Época traz uma entrevista exclusiva de Eduardo Cunha. O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso, tentou salvar Michel Temer, disse que o que tem para falar "arrebenta a delação da JBS e debilita a da Odebrecht". "Posso acabar com a do Lúcio", ameaça "sou um troféu da Lava Jato". Disse que o juiz Sergio Moro "se acha um salvador da pátria". Para Cunha, Moro "quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil. Deu certo". "Moro queria destruir a elite política. E conseguiu", afirmou.
Disse mais: “Joesley fez uma delação seletiva, para atender aos interesses dele e do Janot. Há omissões graves na delação dele. O Joesley poupou muito o PT. Escondeu que nos reunimos, eu e Joesley, quatro horas com o Lula, na véspera do impeachment. O Lula estava tentando me convencer a parar o impeachment. Isso é só um pequeno exemplo. Eu traria muitos fatos que tornariam inviável a delação da JBS. Tenho conhecimento de omissões graves. Essa é uma das razões pelas quais minha delação não poderia sair com o Janot. Ele, com esses objetivos políticos, acabou criando uma trapalhada institucional, que culminou no episódio do áudio da JBS. Jogou uma nuvem de suspeição no Supremo sem base alguma”.
O homem que derrubou Dilma Rousseff, encerrando abruptamente 13 anos do PT no poder, falou da vida na prisão, da negociação frustrada de delação com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do que considera uma clara perseguição judicial contra ele. Acusou a existência de um mercado de delações premiadas, revelando detalhes substantivos. Pôs-se à disposição da sucessora de Janot para voltar a negociar sua delação, talvez sua única saída viável para escapar da cadeia
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O Joesley fez uma delação seletiva, para atender aos interesses dele e do Janot, disse Cunha à Época
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