Temos, hoje, 28 pré-candidatos à Presidência da República. Quem tem 28 candidatos não tem nenhum – a menos que ache que os três maiores partidos do país vão disputar o jogo de buraco (o que é melhor do que disputar o rouba-monte, mas também não resolve nada). Um partido quer porque quer registrar um presidiário, que não atende às especificações da Lei da Ficha Limpa; outro insiste num candidato que tem dinheiro para a campanha, mas é pobre de votos; o terceiro gira em torno do cacique que venceu várias eleições em São Paulo, mas não consegue cruzar fronteiras – tanto que o partido que preside só não o substitui por falta de substituto.
Há nomes que despontam bem: Bolsonaro, Ciro Gomes, Marina. Marina sempre desponta bem e despenca melhor. Bolsonaro não tem tempo de TV nem para dizer “meu nome é Bolsonaro”. E Ciro, que negocia com vários partidos, da esquerda à direita, sempre vai bem até falar o que não deve.
O fato é que os partidos ainda não marcaram a data das convenções. E o site Diário do Poder (www.diariodopoder.com.br), que analisou as pesquisas, concluiu que 64,5% dos eleitores não optaram por qualquer dos candidatos. Quase 40% dos eleitores aguardam novos nomes; os restantes parecem decididos a votar nulo. E os eleitores já definidos são apenas 35%.
Qualquer previsão, nesse terreno instável, tende a falhar. Os candidatos tentam articular-se politicamente – mas quem irá cuidar dos eleitores? ( Folha: Carlos Brickmann)
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