Para ir ao segundo turno e evitar a vota do PT ao poder, Geraldo Alckmin (PSDB), o único que pode derrotar o PT terá que crescer rapidamente em São Paulo e Minas Gerais.
Alckmin tem pontuação baixa nos dois maiores colégios eleitorais, seu voto é pouco consistente e o maior adversário, Jair Bolsonaro (PSL), tem apoios cada vez mais cristalizados entre paulistas e mineiros.
Os Estados de São Paulo e de Minas Gerais são redutos históricos do PSDB. A expectativa tucana era a de que o partido pudesse ter vitórias nas disputas pelos governos locais e para presidente nessas localidades.
ão Paulo é o Estado natal de Alckmin. Tem 33.040.411 eleitores. Isso equivale a 22,4% do total do país. O PSDB governou o Estado por mais de 20 anos. Além disso, tem 1 candidato competitivo concorrendo ao Palácio dos Bandeirantes, João Doria.
O Estado de Minas Gerais já foi comandado algumas vezes pelo PSDB. Tem 15.700.966 eleitores (10,7% do Brasil). O favorito nesta disputa para ganhar o Palácio da Liberdade é o tucano Antonio Anastasia.
Juntos, os eleitorados paulista e mineiro equivalem a 33,1% dos brasileiros que vão escolher o próximo presidente da República. Em teoria, esse terreno seria muito favorável para Geraldo Alckmin –que não tem ido bem no Nordeste nem no Sul, outras regiões com grandes eleitorados.
A última pesquisa do Datafolha mostrou crescimento de Fernando Haddad (PT). O risco do PT voltar ao poder em 2019 é grande. Pois num eventual segundo turno entre Haddad e Bolsonaro, o poste de Lula ganharia a eleição.
O que torna o cenário mais complicado para Geraldo Alckmin é que, entre paulistas, 85% dos que dizem apoiar Jair Bolsonaro declaram que não pretendem mais mudar de posição até o dia da eleição. Essa taxa é de 62% entre mineiros.
Já os eleitores de Alckmin são bem mais volúveis. Só 26% dos simpatizantes do tucano em Minas Gerais afirmam já ter tomado a decisão de votar nele de maneira definitiva. Em São Paulo, a taxa é maior, de 57% –mas ainda bem distante dos 85% cristalizados de Bolsonaro.
É hora dos caciques do PSDB entrarem em campo para sensibilizar a militância em "carregar" Alckmin junto das demais candidaturas .
Quando se faz os cruzamentos do eleitorado dos candidatos ao governo Doria, em São Paulo e de Anastasia em Minas, com as preferências para presidente há muita perda de voto.
Antonio Anastasia lidera a corrida pelo governo mineiro com 31%. Desses, 34% afirmam votar em Jair Bolsonaro para presidente. Mas apenas 18% dos apoiadores de Anastasia dizem que escolherão Alckmin em 7 de outubro.
A situação é também desalentadora para o tucano em São Paulo. João Doria tem 21% das intenções de voto para governador, mas 29% desses eleitores afirmam votar em Bolsonaro. Só 21% dos apoiadores de Doria escolhem Alckmin como candidato a presidente.
É tudo ou nada. Para virar a eleição Alckmin precisa crescer em São Paulo e Minas e tratar de tirar votos de Bolsonaro mesmo na situação em que ele está, internado no hospital.
Com informações do Datapoder.
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