Já virou comum afirmar que a pandemia levou o transporte público à maior crise da sua história. De um dia para o outro, a demanda simplesmente sumiu. Alguns sistemas registraram perdas de mais de 70%, enquanto os custos fixos se mantiveram nos patamares e o preço dos insumos (especialmente energia) dispararam. Ou seja, tem cada vez menos gente andando de ônibus e cada vez mais a população envelhece, portanto mais gratuidades.
Há algum tempo, a crise já assombrava o setor e ele caminhava para o colapso em passos lentos. É um desafio gigante para o setor público, que não terá outro caminho a não ser subsidiar parte da passagem porque as cidades não podem renunciar aos sistemas de transporte de massa, organizados e padronizados, sob pena de ampliar a desigualdade e a falta de acesso das pessoas que mais precisam.
Para atingir a eficiência das cidades, é essencial que o poder público esteja atento às oportunidades que se desenvolvem em parceria com o setor privado. Dessa forma, ambos os setores podem trabalhar de forma integrada e complementar, melhorando a experiência para o usuário do transporte público, gerando novos produtos e serviços e contribuindo para o progresso da mobilidade urbana no país. É tempo de investir na modernização e na facilidade do acesso, não o contrário.
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