O governo Jair Bolsonaro estuda implantar um corte unilateral nas alíquotas de importação sobre produtos industrializado, reduzindo o imposto de 13,6% para 6,4%, em média, em até quatro anos.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, as simulações sobre o assunto já teriam sido apresentadas aos demais países que integram o Mercosul e o assunto deverá ser discutido no início de dezembro, em uma reunião de cúpula que será realizada em Bento Gonçalves (RS). Apesar do documento já ter sido encaminhado ainda não houve uma resposta formal dos demais países que integram o Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai.
O que revela a proposta obtida pelo Valor é que, para diversos setores da indústria de transformação, o corte poderia ir muito além de 50% da tarifa de importação praticada hoje. Enquanto isso, o agronegócio ficaria com alíquotas praticamente inalteradas.
O estudo é de redução da TEC para calçados (31,8% para 12%), equipamentos médico-hospitalares (11,2% para 3,8%), móveis (17,6% para 8,8%), produtos plásticos (10,8% para 4,8%), siderúrgicos (10,4% para 3,7%), máquinas, material e aparelhos elétricos (12% para 4,2%).
A simulação feita para a tarifa dos vinhos é manter a alíquota no mesmo nível da praticada hoje (20%).
As eleições na Argentina, que podem fazer com que Macri não se reeleja, podem mudar o quadro. Se o país vizinho recusar a proposta de abertura, seguindo a tradicional linha kirchnerista de maior protecionismo, haveria uma espécie de beco sem saída para o Mercosul: a união aduaneira precisaria regredir para uma zona de livre-comércio.
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