A transmissão foi iniciada às 21h50 no horário de Brasília e às 3h50 na Arábia Saudita, onde o presidente fará uma reunião com empresários nesta quarta-feira. Bolsonaro culpou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por “vazar” informações do processo de Marielle para a TV Globo.
“Esse processo está em segredo de Justiça. Como chega na Globo? Quem vazou para a Globo. Segundo a [revista] Veja, está publicado aqui, quem vazou esse processo para a Globo foi o seu governador Witzel”, disse Bolsonaro.
O presidente voltou a criticar Witzel, que segundo ele, só foi eleito pela proximidade com seu filho Flávio Bolsonaro durante a campanha. Bolsonaro disse que, depois de eleito, o governador fluminense está tentando “destruir” sua família para concorrer à Presidência daqui a 3 anos.
“O senhor só se elegeu governador porque o senhor ficou o tempo todo colado com o Flávio Bolsonaro, meu filho. O tempo todo colado com ele. Ao chegar à Presidência (sic) o que o senhor fez? Foi se transformar em inimigo dele. Por que? Porque o senhor quer disputar a Presidência da República em 2022”, declarou Bolsonaro.
Bolsonaro disse ainda que o porteiro do condomínio na Barra da Tijuca –autor do depoimento em que o nome do presidente é mencionado– pode não ter agido por maldade: “Ou o porteiro mentiu ou induziram o porteiro a cometer 1 falso testemunho. Ou escreveram algo no inquérito e o porteiro não leu e assinou em baixo em confiança ao detetive”.
Bolsonaro ameaçou cortar a concessão para a TV Globo operar em 2022 – 12 meses antes de o contrato atual expirar. Segundo o presidente, o processo tem que estar limpo para que a emissora renove a concessão. “Acabou a mamata. Não tem dinheiro público de vocês. Não tem teta”, afirmou.
“Vocês vão renovar a concessão em 2022. Não vou persegui-los, mas o processo vai estar limpo. Se não estiver limpo, não tem concessão da renovação de vocês e nem de TV nenhuma. Vocês apostaram em me derrubar no 1º ano e não conseguiram”, disse o presidente.
“Sou presidente da República, não deveria perder a linha com vocês, mas estou no meu limite. Se o Brasil der errado, todo mundo vai para o espaço”, completou Bolsonaro.
O presidente manou o Ministro Sérgio Moro entrar no caso. O ministro pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” da citação do nome do presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre a morte de Marielle Franco.
Para que os fatos sejam devida e inteiramente esclarecidos, por investigação isenta, venho através desta solicitar respeitosamente a V.Ex.ª que requisite a instauração de inquérito para apuração, em conjunto, pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, perante a Justiça Federal, de todo o ocorrido e de todas as suas circunstâncias”, escreveu Moro. ( Com conteúdo do Poder360e EBC.)
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