De qualquer forma estamos diante de uma pandemia. O número de casos confirmados passou de 100 no Brasil. E vai subir rapidamente nos próximos dias. Ele segue se alastrando, e o número de pessoas infectadas não para de crescer. Os prognósticos não são bons. O coronavírus é altamente transmissível entre pessoas: a sua taxa de reprodução é de duas a quatro pessoas para cada indivíduo infectado. Alguns especialistas preveem que o número de pessoas infectadas pode chegar a 190 mil até 4 de fevereiro . Portanto a meta agora é reduzir a velocidade e contágio.
Não se trata de deter uma pandemia incontrolável, mas sim de desacelerá-la para evitar a saturação do sistema de saúde.
Não é o fim do mundo, mas temos que nos preparar para uma emergência sanitária. Vêm por aí dias em que teremos que pôr nosso civismo a prova. O objetivo agora já não é mais prevenir que as pessoas se infectem, e sim evitar que se infectem muito rápido. O pico da doença esta por vir. O inverno também.
Nosso futuro está sendo visto atualmente na Itália: hospitais transbordados, UTIs improvisadas nos corredores, agentes de saúde à beira da extenuação e com múltiplas licenças por infecção, ligações desesperadas a médicos aposentados para se unirem à luta. O Brasil não terá essa estrutura. tampouco Estados e municípios.
Distanciamento social é ordem agora. Os cidadãos devem entender que sua participação é crucial para que ele funcione. Cada um de nós pode complementar as medidas que os governos tem anunciado, com as mudanças de hábitos. Durante as próximas semanas, não dar a mão a alguém não será uma falta de educação, e sim um sinal de responsabilidade cívica. Cada beijo na bochecha da nossa amiga pode se transformar, indiretamente, no beijo da morte para sua mãe idosa.
As autoridades brasileiras, até agora, têm se portado bem e demonstrado consciência da gravidade da situação, portanto é hora do povo também agir, e rapidamente, porque a luta que vem por aí vai ser dura.
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