Ainda não se sabe o que Moro disse em depoimento à PF em Curitiba
O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, neste sábado, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, durou 8h30. De acordo com a imprensa no centro do país, o ex-juiz teria apresentado novas conversas de aplicativo e outros arquivos digitais que serão periciados pela PF. São mensagens de WhatsApp, áudios e e-mails, inclusive trocados com outros integrantes do governo, além do presidente.
Moro respondeu a perguntas de dois delegados da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado e de três procuradores que saíram de Brasília e foram até o Paraná para participar da oitiva.
O depoimento vai ser encaminhado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura as denúncias feitas por Moro contra Bolsonaro. O conteúdo pode ser mantido sob sigilo, se a PF entender necessário para preservar a investigação. Nos próximos dias, Mello deve determinar o cumprimento de diligências para recolher provas e informações, com o objetivo de averiguar as denúncias.
Para atuar em sua defesa, Moro contratou Rodrigo Sánchez Rios e outros três advogados. Conhecido criminalista de Curitiba, Sánchez é secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. Ele atuou em casos da Lava-Jato em que o próprio ex-ministro da Justiça era o juiz da causa. Entre o rol de clientes do defensor no âmbito da operação está o ex-deputado Eduardo Cunha, que foi presidente da Câmara.
Sánchez também esteve à frente da defesa do empresário Marcelo Odebrecht, uma das figuras mais marcantes do caso Lava-Jato. O ex-presidente da empreiteira que leva seu sobrenome esteve profundamente envolvido no esquema de desvio de recursos da Petrobras.
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