Chamada de pooling (do inglês "agrupamento"), a técnica já foi usada no passado em pesquisas para processar grandes quantidades de exames de gripe, HIV e hepatite. Pesquisadores nos EUA, Israel e Chile usaram a técnica com o novo coronavírus em experimentos agora, e relatam que a estratégia dá certo. No Brasil, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já fez algumas provas e afirma que, em certas condições, a ideia pode ser útil.
A técnica consiste em testar grupos de pessoas. São coletadas duas amostras de secreção do nariz ou garganta de cada um. Uma vai para um tubo individual, outra para um tubo coletivo que junta amostras de todos do grupo - e este é o primeiro a ser analisado. O teste é do tipo RT-PCR, indicado pela Organização Mundial da Saúde, pela precisão. Ele mostra se a pessoa está infectada no momento do teste.
Caso o teste sobre o pool dê resultado negativo, isso indica que todas as amostras são provavelmente negativas; Caso o teste sobre o pool dê resultado positivo, isso indica que pelo menos uma das amostras contém o vírus, sendo então necessário executar a testagem de cada um dos pacientes separadamente para a identificação daquele ou daqueles que se encontram infectados.
Em Santa Catarina, empresas estão adotando testagem em grupo para permitir o retorno de funcionários às atividades.
Especialistas dizem que a testagem pool é usada na imunologia e tem a vantagem de demandar menos insumos num período em que o mundo todo procura por testes. O custo cai para 20 a 25% do preço do teste, e a velocidade de testagem aumenta também. É possível dar resposta em 24 horas, fazendo 20 mil testes por dia, por exemplo.
Para monitorar a situação dos grupos, os testes normalmente devem ser repetidos a cada 15 dias.
Blogger Comment
Facebook Comment