'Não temos nada na ponta do nariz' diz Olir Schiavenin presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua sobre o preço mínimo da uva
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta terça-feira (7), os novos valores do preço mínimo da uva. O reajuste geral é de 9,6% – a inflação do ano (6,5%) mais 3,1% de ganho real. Assim, a uva industrial (isabel) passa de 0,52/kg para de R$ 0,57/kg. Para receber o reajuste, o viticultor deve entregar uma uva igual ou acima de 15 Graus Babo (que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100g de mosto). De 13 Graus Babo para abaixo, não haverá reajuste no preço mínimo da uva.
- Se não fosse o trabalho do sindicato e da Comissão Interestadual da Uva o valor não teria sido reajustado, ficaria em R$ 0,52 - revela o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin. (ouça entrevista)
O presidente disse que o valor não foi divulgado antes porque as entidades tentaram convencer o governo a conceder o reajuste. Para o dirigente o valor não é o ideal, mas considera no entanto um avanço.
Para as uvas viníferas foi aplicado o mesmo percentual de aumento, igualmente valorizando a qualidade da uva. Para receber mais, o viticultor deve entregar uvas brancas acima de 17 Graus Babo e para as tintas com no mínimo 18 Graus Babo.
Sobre os prejuízos às lavouras este ano em virtude do granizo, Olir Schivenin revela que o governo pouco fez.
- Pura demagocia do governo, fizemos uma série de reuniões e audiências públicas, foram mais 320 famílias atingidas, mais de 20% foi perdido e infelizmente depois de todo este trabalho o governo apenas prorrogou prazo de contratos de financiamento, que ajuda é essa ?- Questiona o dirigente.
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