Novo Parque de Eventos, muito caminho ainda para percorrer.
Há resistências na comunidade com relação ao projeto de revitalização do Parque de Eventos em Bento Gonçalves. Setores da sociedade manifestam-se contrários. Os comerciantes, legitimados pelo Sindilojas e CDL questionam o impacto que um shopping naquele local ocasionaria ao comércio de rua e até mesmo as lojas dos outros dois shoppings existentes no município (é questionável se podem ser chamados de shoppings). Acham inviável e consideram que haverá prejuízos para todos.O setor moveleiro, que há muito investe em melhorias no Parque de Eventos, com recursos próprios, o último de R$ 7 milhões, quer soluções para as demandas ocasionadas pelas feiras do setor. Falta estacionamento, falta acessos amplos e que facilitem o fluxo, e muito mais. O setor investiu, e tem inclusive um projeto de ampliação da área de exposição com construções em módulos (etapas), como vai ficar isso? Quem vai ressarcir os investimentos feitos?
Mas há outros aspectos que precisam ser considerados. Afinal o que quermos do Parque de Eventos? Lazer? Negócios? Os dois? Não sei se é possível conciliar duas atividades tão distintas. Acredito ainda ,que é preciso que a maioria da população tenha condições de se manifestar. Seja por seus representantes constituídos ou seja pelos instrumentos de participação popular. O Parque de Eventos é local de eventos. Deve ser equipado para tanto. Deve ser preparado para tanto. Deve ser preservado para tanto. Um Hotel, um Museu do Móvel , va lá. Existem outros lugares na cidade para a construção de um shopping, como também para um Centro Administrativo que contemplem inclusive acesso fácil ao cidadão. Apesar disso, não se pode retirar o mérito do presidente da Fundaparque e nem tão pouco do Executivo Municipal que interessado em melhorar o que existe, propoem o novo projeto.
Se os lojistas se sentem ameaçados, estão por falta de visão, criatividade, capacidade de entender os anseios e necessidades do consumidor. Coorporativismo, proteção de mercado não leva a lugar nenhum. Se os pavilhões da Fundaparque passam boa parte do ano ociosos é outro debate. Precisamos de mais eventos, um calendário repleto de alternativas que possa ocupar os pavilhões, podendo inclusive contemplar atividades simultanêas. Tudo isso demonsta que há muito caminho ainda para percorrer.
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