Déficit de profissionais geólogos é de 10 mil
No Brasil existem atualmente 28 cursos de geologia que anualmente lançam no mercado 560 profissionais, que se somam aos aproximados 8.000 geólogos existentes, e registrados como tal no país. O profissional, tão necessário hoje no país para a prospecção de novas jazidas minerais, procura de novas reservas petrolíferas, prevenção de desastres-naturais e conservação do meio ambiente, estaria em falta nos próximos anos.
Só para cobrir a área do pré-sal, segundo a Sociedade Brasileira de Geologia, seriam necessários pelo menos 10 mil geólogos e não só graduados, mas especializados, o que denota realmente um tempo maior de formação e mais investimentos. Estima-se hoje que para formar um profissional altamente qualificado seriam necessários ao mínimo 11 anos.
A falta de mão-de-obra pode gerar importação de especialistas o que, a princípio, não seria tão simples assim por dois fatores: o Brasil é um dos países com melhor formação na área para o nosso cenário, além do que, um estrangeiro não teria conhecimento suficiente no que concerne às características geológicas do país.
Para o doutor Adilson Viana Soares Jr., vice-presidente do 46º Congresso Brasileiro de Geologia e professor coordenador responsável pela montagem do novo curso de geologia na Universidade Federal de São Paulo, a criação de novos cursos de graduação é a única solução. No entanto, o custo para implantação de um curso de Geologia pode chegar a 20 milhões de reais, envolvendo estrutura física e equipamentos para laboratórios e cerca de 600 mil reais anuais para manutenção, verbas para trabalhos de campo, contratação de professores e funcionários e investimento em pesquisa. Caro? Não, se comparado ao impacto que a atividade proporcionou à economia nacional nos últimos anos, defende Adilson.
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