Com a queda da arrecadação e dos repasses de recursos da União, os municípios buscam todo o tipo de alternativa para equilibrar as finanças públicas e para gastos sociais. Não é de hoje que prefeitos, governadores e até mesmo presidentes da república estudam programas de desestatização, ou privatizações. O recém eleito, prefeito de São Paulo, João Dória, anuncia que vai vender o Parque Anhembi (um centro de exposições), o Sambódromo, o Autódromo de Interlagos, o Estádio do Pacaembu, além de conceder à iniciativa privada linhas e estações de metrô e ônibus. Dória, assim como tantos outros prefeitos eleitos, sabem que para enfrentar os desafios da falta de recursos, será necessário desfazer-se de atividades que não são mais prioritárias, e que não podem mais ser administradas pelo poder público. A necessidade de privatizar boa parte do patrimônio público é um caminho sem volta. Cemitérios, praças, parques, ginásios, estádios e até obras públicas podem ser concedidas para a iniciativa privada, quer seja por parcerias, convênios, concessões e até mesmo privatizações. João Doria, tem razão, a proposta de “delegar à iniciativa privada” a prestação de serviços funerários e a administração de cemitérios municipais é também um bom exemplo do que pode ser feito em qualquer cidade do país. A prefeitura ficaria responsável por fiscalizar e regular e a iniciativa privada assume, porque não?
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