Ao antecipar em tom de comemoração, na última sexta-feira, o
resultado do superávit primário do governo central em 2013, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, afirmou com ironia que o anúncio tinha o objetivo de
“acalmar os nervosinhos”. Na ocasião, Mantega desqualificou as preocupações do
mercado em relação à deterioração das contas públicas. Contudo, um levantamento
da ONG Contas Abertas divulgado nesta quarta-feira mostra que o cumprimento da
meta tão celebrado pelo ministro não passou ileso a mais uma manobra fiscal
feita no último minuto, a tal "contabilidade criativa". O governo
petista deixou de desembolsar 51,3 bilhões de reais em despesas que já haviam
sido executadas e autorizadas, restando apenas a efetuação do pagamento. Ou
seja, o montante ficou "na boca do caixa", mas não saiu dos cofres
justamente para não impactar o superávit. Como a despesa terá de ser efetuada
em 2014, o impacto fiscal foi apenas adiado.
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