Enquanto o Brasil discute a redução da maioridade penal, em Bento mais de 8 mil jovens praticam atividades no contraturno escolar


Todos nós sabemos que a criminalidade na adolescência não se combate apenas com repressão e punição. Está mais do que provado que a punição pura e simples, bem como a quantidade de pena prevista ou imposta, mesmo para o adulto, não é um fator de diminuição da violência. Em Bento Gonçalves, um projeto do governo municipal já contempla mais de 8 mil jovens adolescentes em diversas oficinas gratuitas de vôlei, jiu jitsu, rugby, futebol, judô, música, dança, artes plásticas, desenho, pintura e muito mais. Esses jovens ocupam as mentes com cursos que aguçam o talento e a cidadania. A probabilidade da existência de menores infratores é muito menor, porque com a inclusão social proporcionada pelo projeto, mais jovens dedicam grande parte do seu tempo à escola e as oficinas oferecidas pela prefeitura. Para qualquer idade é interessante ter oportunidades de aprendizagem, mas é diferente entre as crianças e os jovens. Independente do mérito, enquanto discute-se a redução da maioridade penal, o exemplo de Bento indica pelo menos um caminho, que é sem dúvida um dos melhores.
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Milan Tomic

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