
As vésperas do início oficial da campanha eleitoral, a esquerda ainda tenta acertar os ponteiros. As direções do PT, PCdoB e PSB marcaram reunião, na próxima quarta-feira, em Brasília, para discutir possíveis alianças na eleição presidencial. Convidados, PSOL e PDT não confirmaram presença. O grupo tem quatro pré-candidatos ao Palácio do Planalto. O PT e o PDT disputam o apoio do PCdoB e do PSB. A presidente do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), não descartou, nesta sexta-feira, a possibilidade de a pré-candidata do partido, Manuela D´Ávila, virar vice na chapa do PT:
O PCdoB vinha condicionando a retirada de Manuela da disputa à unidade da esquerda, o que dificilmente acontecerá.
O encontro, na sede do PSB, está marcado para o mesmo dia da convenção nacional do PCdoB.
Dirigentes do PDT dizem não ter mais expectativa de conquistar o apoio do PCdoB para a pré-candidatura de Ciro Gomes e apostam no PSB para tentar superar o isolamento político.
O PSB está dividido entre o apoio a Ciro e a neutralidade. Diante do impasse, o governador de São Paulo, Márcio França, passou a defender, nos últimos dias, o lançamento de candidatura própria, o que gerou reações internas.
O PSOL, por sua vez, oficializou, em convenção, a pré-candidatura de Guilherme Boulos à Presidência, e o PT pretende registrar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mesmo com ele preso e atendendo os requisitos da Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado em segunda instância. A estratégia dos petistas é esticar a corda e substituir o ex-presidente na disputa após a provável impugnação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral. ( Fernanda Krakovics – O Globo).
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