O total de brasileiros com dívidas em atraso atingiu nível recorde em julho, chegando a 63,4 milhões de inadimplentes, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), quase o equivalente à população da Itália. A piora nas expectativas com a economia e alta taxa de desemprego pesaram nesse resultado.
Os mais pobres ainda são os que mais devem, mas é entre famílias de maior renda que a inadimplência tem resistido, indica pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Enquanto o porcentual de famílias de menor renda com dívidas pendentes caiu de 29%, em julho de 2017, para 26,7%, agora, no grupo com renda superior a dez salários mínimos o índice alcançou 10,8%, ante 10,6% do mesmo mês do ano passado.
Em momento de aperto, o brasileiro tenta equilibrar o orçamento deixando de pagar principalmente as contas básicas, como as de água e luz, que têm juros mais baixos. O calote nesses débitos subiu 7,6% nos 12 meses encerrados em julho. No período, as dívidas bancárias – cheque especial, empréstimos pessoais e cartão de crédito – subiram 6,9%.
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