A‘despetização’ na Casa Civil determinada pelo ministro da pasta, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), travaram os pedidos de exoneração e nomeação. Segundo a coluna “Painel”, da “Folha de S. Paulo”, dois servidores do segundo escalão que não foram demitidos no primeiro corte mas querem deixar a Casa Civil para trabalhar no setor privado não conseguem ser exonerados, pois os abalos causados na estrutura administrativa pela “tesoura” de Onyx acabaram deixando o órgão sem pessoal suficiente para tocar as solicitações. A fim de tentar resolver o problema, a Casa Civil renomeou funcionários que foram desligados nos últimos dias.
Mas a despetização é necessária. A contaminação ideológica de militantes de um partido que ficou 14 anos no poder é prejudicial a eficiência do setor público federal Já são quase 4 mil funcionários. Apesar disso é pouco.
O trabalho de despetização do Estado mal começou. Em empresas e bancos estatais, petistas e seus asseclas continuam mandando – e sabotando o novo governo. Cabe ao presidente ordenar um levantamento cuidadoso.
Também é preciso que a sociedade entenda esse processo. Porque o projeto de poder do PT é, além de tudo, criminoso – não se trata apenas de política.
Por ação ou omissão, a sociedade permitiu as vitórias culturais e políticas do PT e de seus satélites socialistas e comunistas.
Portanto despetizar não é só no âmbito do governo. Será necessário identificar, denunciar, punir ou influenciar positivamente, quando possível, os agentes que colaboraram direta e indiretamente para a ascensão do PT: professores, jornalistas, intelectuais, políticos (inclusive os de outros partidos, como os do PMDB e PSDB), empresários, servidores públicos e os cerca de 100 mil nomeados para cargos e funções de confiança.
Identificar como colaboradores de um projeto de poder que colocou o Estado a serviço do partido e que tentou reduzir o país à sua própria estatura moral servirá para que a sociedade não esqueça o perigo que representam e possa combatê-los adequadamente.
Sem o processo de despetização do Brasil há o risco de que nada mude.
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