
Cabral explicou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o motivo de ter decidido falar das propinas no seu governo após mais de dois anos na prisão. Disse que
'Apego a poder, dinheiro é um vício'.
A mudança de tom de Sérgio Cabral, que, pela primeira vez, admitiu parte de seus crimes, deixou em pânico enrolados na Lava Jato do Rio de Janeiro que ainda estão negociando delações premiadas.
O maior medo é que uma eventual confissão em massa de Cabral torne irrelevantes algumas colaborações que vêm sendo negociadas há meses — uma delas há mais de um ano — com o MPF do estado.
Numa só tacada, Sérgio Cabral complicou a vida de Eduardo Paes, Luiz Fernando Pezão e Régis Fichtner, seu ex-chefe da Casa Civil.
O que disse Cabral:
-admitiu que o esquema de "toma lá dá cá" era instituído no governo;
-que empresários dão dinheiro a campanhas em troca de vantagens;
-disse que recebeu mais de R$ 30 milhões de propina e caixa 2 do empresário Arthur Soares, o Rei Arthur;
-pediu desculpas ao juiz Marcelo Bretas por ter mentido antes: 'Dói muito';
-confirmou que US$ 100 milhões nas contas dos irmãos Chebbar no exterior eram dele;
-que 90% do que diz o delator Carlos Miranda é verdade;
-que o ex-governador Pezão recebeu propina e mesadas.
-que o ex-prefeito Eduardo Paes recebeu dinheiro de empresários ligados a ele para a campanha, mas -que não fazia parte da organização.
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