
O tempo seco durante as fases de formação do grão, de maturação do cacho e até o momento da colheita favorece o amadurecimento da uva, aumentando a concentração de açúcar. Outro ponto determinante para o bom desenvolvimento do vinhedo é a amplitude térmica, com dias bem quentes e noites frias, o que estimula a formação dos aromas. Esses fatores juntos resultam na maturação ideal tanto do açúcar quanto dos taninos — substâncias que conferem textura e adstringência à bebida — da uva, o que levará à produção de um vinho mais encorpado, mais estruturado, mais elegante e fácil de beber.
Um dos principais parâmetros que mostram a qualidade superior da safra de 2020 é a graduação do açúcar na fruta, que neste ano atingiu, em média, 3 graus acima do registrado em temporadas normais, segundo o padrão Babo, a medida que representa a quantidade de açúcar a cada 100 gramas de suco.
Com uma matéria-prima de primeira linha, a questão agora é saber qual será a qualidade dos vinhos elaborados no Rio Grande do Sul. Aí é do enólogo seguir a cartilha correta.
A grande maioria dos vinhos tintos produzidos nesta safra deverá estar disponível para o consumidor daqui a dois anos. Alguns tintos jovens e os brancos poderão ser encontrados no começo de 2021.
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